domingo, 25 de dezembro de 2011

Para meu querido amigo ausente


Estou tão feliz e tão triste ao mesmo tempo. Não sei se você foi real ou foi apenas fruto da minha imaginação. Só sei que foi muito bom te encontrar esta noite. Ter te abraçado e conversado, mesmo que pouco, sobre coisas que nem lembro mais, pois te abraçava e te beijava sem parar. Queria muito que você soubesse da honra que sinto de saber que você me visitou nessa noite, uma noite tão especial pra todos. Não sei se eu fui apenas uma das várias visitas que você fez, mas já me sinto honrada de ser uma delas.
Infelizmente não tem como te dizer isso, pois como muitas coisas, sua ausência até hoje é injustificável pra mim. E eu estou tão feliz, mas tanto, que queria que você soubesse, eu queria mesmo, que você soubesse como me sinto agora. Me sinto especial, e confusa ao mesmo tempo. Não sei se tudo isso não passa de coisas da minha imaginação, sabe. Mas até seu jeito, que não me recordava mais, estava lá com você. Não sei se guardei tão bem que ficou no meu inconsciente. Será? Nossa, de lembrar do sonho, me vem uma sensação tão boa! Queria te ligar, te mandar mensagem, e te contar como fiquei feliz. Mas não tendo como, escrevo essas linhas na esperança de onde quer que você esteja, saiba e sinta o quão grande é meu sentimento por você, e que você saiba que mesmo na distância, é ótimo te ver de vez em quando, nem que seja apenas a minha imaginação.
E mesmo assim, quero acreditar que era seu corpo, seu rosto que eu beijava. Quero que seja.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vergonha dos Pés

"... Amar errado é tão comum! Então não é por merecimento que se é amado - caso fosse, Ana deveria amar Jaime. Ele não é perfeito, como todo mundo, mas a ama ternamente e tem um bom caráter. O que faltou para o coração de Ana aceitar um forte afeto por Jaime? Mesmo as qualidade mais fúteis, ele possui. Ela lembra que em algum momento acreditou amá-lo, amando-o então. Lembra de forma meio vaga deste sentimento. Ela recorda, mas não consegue sentir o que acredita ter sentido um dia. Porque "o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas". Ana compreende que as lágrimas deste verso português não são falsas no sentido adjetivo da coisa. Ela pensa nas lágrimas como que de plástico. O passado é plástico, uma maquete acrílica. Fecham-se os olhos e vê-se tudo. Sabe-se ter vivido aquilo visto, mas não se vive mais nada. Sabe-se ter sentido, mas não se sente mais. Ana amou Jaime, acredita nisso e poderá dizer: eu amei este homem. Mas é tão distante falar que amou, odiou, sentiu algo, um dia. É como se a maquete de suas lembranças pudesse quebrar a qualquer momento e ela nem mais veria que amou, pois o sentimento é inexistente, resta-lhe apenas a memória dele."

Fernanda Young

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Insighting

Estou impressionada com a forma como os reais motivos de um problema sempre estão escancarados na minha frente, e eu, sempre me fazendo de difícil, não os vejo. Mas agora que os enxerguei: AH! Que delícia reconhecê-los. Mais gostoso ainda é tentar resolvê-los.
Veja só você, que resolvendo este problema estou desistindo de ter paciência e delicadeza, tudo o que me era demasiadamente bom. Isso mostra o quão desgastada eu estava pelo parasita invísivel que vagava pelo meu inconsciente, mas com uma bela dose de remédios foi capturado, e, ainda bem, está sendo agora bem analisado e controlado.
E o real problema é este: a arte de conviver é muito cansativa. Meu Deus, como me cansa! Sorrisos simpáticos acompanhados de um 'bom dia!' quando não se tem a menor vontade de abrir a boca. Aceitar simplesmente uma coisa absurda pelo simples fato de viver em harmonia.
Pois eu digo a você que a partir de agora não serei mais obrigada a concordar com o que eu não ache certo. E deixarei toda aquela educação de décadas, que meus pais trabalharam tão bem, para parar de sofrer. Pois é, eu estava sofrendo, estava desacreditada sem nem saber o porquê.
Agora que me libertei terei alguns probleminhas pra resolver, umas chatisses pra resolver. Mas eu não me importo, pelo menos me livrarei da chatisse de ter você perto de mim!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

(in)feliz

Eu me policiava com os meus sentimentos, que sempre foram aflorados. Achava que estava errada por ser assim. Me critiquei e tentei, tentei mesmo ser menos sentimental.
Mas dessa vez eu digo a você: EU QUERO SENTIMENTOS! Cansei de pessoas secas. Quero pessoas que desfrutem da doce sensação de chorar por um simples adeus, ou que digam que sentirão saudades até o dia seguinte, ou que pelo menos diga alguma coisa que não seja mecânica! Eu não aguento mais essas pessoas que não sentem! Você pergunta como a pessoa se sentiu em tal ocasião e ela nem se dá conta que ela deveria ter sentido algo. Ninguém nunca morreu por amar ou odiar, ansiar ou desesperar.
Em que cova funda foram parar os sentimentos? Para que serve todo esse aparato de personalidade, essa carcaça pintada tão bem, se você não sabe sentir quando precisa. Um simples piscar de amor dentro desse conjunto vazio.

Faça o seguinte, desentope tua veia de sentimentos, limpe seu ser e me faça acreditar que ainda há salvação para os que sofrem do não sofrer.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um fim e O começo

E deixo você ir. Entendo que nada é pra sempre, mas o fim poderia ser adiado por algum tempo, algumas horas, que seja, só pra eu sentir que ainda te tenho, que você ainda é meu, que o que eu sentia ser verdadeiro ainda tem a esperança de ser. Não há como dizer quando foi que nossos sólidos sentimentos desmoronaram em grãos tão minúsculos que agora é impossível de uní-los.
Você, eu e nossos problemas: esse foi o último episódio da nossa triste história.  Eu queria o mundo, você queria estabilidade, e enfim somos dois sem nada. O que me reservaram nunca alcançará sua vida. Tenho mil coisas a descobrir, enquanto você quer vê-las pela tevê.
E deixo você ir. E deixo com o coração partido, mas com a mente liberta.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carta Para um Cego Amigo


Uma situação difícil.
Uma situação difícil em que enxergo mais dificuldades.
Uma situação impossível!

Tento entender em que ponto você vai enxergar que você nunca quis estar onde está, mas que a influência massante te empurrou até aqui. Pare e pense, analize-se. O que você realmente quer pra você? É o seu desejo, ou apenas uma prova de que você conseguiu o mais difícil? Pra quem você quer provar o que? Você usa essa máscara para quem? Para esconder o que? Pare com essa coisa de ser forte! Encare suas fraquezas, assim você viverá mais leve, enxergará o que realmente precisa e descerá desse podium que você custou a subir, mas que no fim não havia troféu, não havia torcida, não havia nada.

"Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor."

domingo, 4 de setembro de 2011

Caio Caio Fernando Caio Fernando Abreu


"... mas te afastas confuso e caminhas caminhas em busca do teatro para entrar em cena e desempenhar tão bem quanto possas o teu papel de sonho do sonho do outro, depois procuras procuras dentro do teatro, em pirâmides de estreitos corredores, e continuas, e continuas procurando o palco, o vértice, a câmara real, a tua deixa, a tua marca, e antes de acordar não pensas, ou pensas, sim, eu não sei, ele não sabe, tu não sabes nem ninguém se de repente não estarás perdido nem não sabes o papel de cor, pois o palco é a procura do palco e o teu papel é não saber o papel, e tudo está certo..."

- Morangos Mofados - Eu, Tu, Ele

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Reencontro


Agora eu entendo que ninguém me entende. Aliás, ninguém se entende. Você pode contar a sua história pra qualquer um, mas ninguém nunca vai saber realmente como foi aquilo. Não sabe de que maneira você estava, quais eram seus pensamentos. É impossível, digo, é IMPOSSÍVEL! As pessoas podem tentar ser você em determinada situação, mas não serão, nunca serão. Porque somente você sabe o que é ser você mesmo. Não há nomenclaturas, não há argumentos.
Então desisto agora de tentar fugir de mim. Me aceito assim, estou aceitando de volta aquele casamento desgastado que havia entre mim e eu mesma. Prometo dessa vez fazer de tudo para que dê certo.
E não há porque ser diferente. Ser eu mesma anda sendo tão bom!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Continuação III e/ou Fim

IX

A tarde passou rápido. Logo já estava Guilherme esperando por Gabriela, quando ela chega. Ele acena. Ela vai a sua direção:
- Olha, vim pra dizer que não venho.
Ele deu uma risada:
- O que? Como assim? - E riu novamente.
- É sério. Olha, não quero esse negócio de romance, entende? Não quero mesmo. Estou feliz como estou. Não preciso de ninguém ao lado pra dizer que tenho uma felicidade completa. Por que ter que completar a vida com pessoas? Nascemos grudados com outro alguém por acaso?
Guilherme a observou por um tempo, até que finalmente disse:
- Olha Gabriela, realmente você é uma moça muito atraente, não vou negar. Mas eu te chamei aqui com as melhores das intenções mesmo. Eu gostei de conversar com você, achei que a gente podia se falar mais, porque é difícil hoje em dia encontrar pessoas que não sejam superficiais. As pessoas querem tanto mostrar que são boas, que são legais forçadamente, que acabam esquecendo-se de mostrar as qualidades que elas realmente têm. E você não, você conversou comigo normalmente, sem querer se mostrar. E eu gostei disso. Mas desculpa se eu fui muito evasivo. Aliás, que mal lhe pergunte, que desilusão amorosa você teve pra estar tão revoltada?
E deu uma risada novamente.
Ela respirou, se acalmou, e enfim sentou.
- Me desculpe Guilherme. Acho que fui muito estúpida, né? Também adorei te conhecer. Bom, vamos ao que interessa. Comeremos o que?
Depois do susto a noite correu tranquila.


Alguns dias se passaram desde o incidente do jantar. Guilherme não ligou, não mandou mensagem, não a procurou.
Gabriela se sentiu realmente culpada, achando que havia assustado o garoto pelo sua explosão de sinceridade daquele dia. Pensou bastante e enfim tomou uma atitude.
- Alô
- Oi, Gui. Aqui é a Gabriela... Tudo bem?
Conversaram sobre os dias. Gabriela perguntou se ele estaria livre algum dia para marcarem alguma coisa. Guilherme disse que estaria livre no sábado e que adoraria encontra-la.

XI

Sábado chegou. Estava Gabriela com seus cabelos loiros presos folgadamente, vestida com uma calça justa e uma camisa bonita esperando Guilherme, que estava atrasado. “Ele não virá”, pensava, e não parava de pensar nisso. Não sabe bem se ele não vinha porque pensou tanto nisso que acabou atraindo energias negativas, e ele acabaria não vindo mesmo, ou se ele não viria mesmo ela não pensando assim, estava viajando nos pensamentos e ela já estava se preparando para o pior. Enfim, ele não viria, ela tinha certeza!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Continuação II

V

Não direi que o carinha do café não tentou entrar em contato. Ele tentou. Tentou bastante até. Mas ela não queria. Ela não queria muito. Mas pensou “o que seria perder tempo com alguém que quer perder o seu com qualquer pessoa que lhe dá um sorriso mais efusivo?”. Enfim, foi vencida por si mesma, e resolveu atender. Conversaram, conversaram um pouco mais e até mais do que ela achava que conversariam. “O papo dele não é tão ruim”, pensou ela sobre o esforço dele em agradá-la, ela começou a ter um apreço pelo seu novo amigo e/ou flerte, porque não estavam muito claras suas intenções. Marcaram as dezenove horas no mesmo café. “O que vou perder além do tempo e paciência?”. Sim, ela está revoltada com o mundo. E ela tem razão. Depositou seu futuro ao lado de uma pessoa que no seu inconsciente sabia que não era o melhor pra ela, mas a sociedade tanto impõe que devemos ter um bom emprego, constituir família e ter uma vida estável, que se perdeu em suas vontades e foi obrigada a ser guiada pelos outros.

VI 

Lá está ele, pontualmente no café esperando-a. Ela está chegando, refletindo seriamente se segue em frente ou apenas vai pra casa. Abriu a porta, ele se levantou de súbito. Cumprimentaram-se com um beijo no rosto. Sentaram e pediram um cappuccino. Depois decidiram pedir um conhaque, já que o frio estava lá fora uivando pela noite que caia. Depois de alguns copos e risadas começaram um papo mais íntimo. Conversaram sobre amores e desamores. Então ele disse:
-Depois de todas essas histórias, estou à procura de um amor que me faça bem. De uma pessoa bacana...
Silêncio total.
Até que ela disse:
- Eu não estou à procura de amor nenhum. Todos depositam sua vida em outro alguém. Estar apenas de bem consigo mesma já não é uma grande felicidade?
Depois disso pouca conversa rendeu. Dessa vez se despediram com um “Até logo”, mas ela sabia que o “logo” não viria. E isso pouco a abalou.

VII

Na sexta-feira resolveu libertar-se do seu apartamento e foi para uma festa com suas amigas. Sorriu, dançou, cantou, riu com tanta liberdade que sentiu que aquela era uma felicidade plena. Mas pra ela felicidade não é constante, a vida é feita de mil momentos bons, mas não se pode ser feliz o tempo todo, a tristeza também deve caminhar conosco. É necessária, porque se não fosse por ela, a felicidade não seria tão almejada, a felicidade seria uma coisa normal, e da normalidade todos tentam fugir. Tentam fugir porque é clichê fazer isso, é descolado dizer isso. Mas as pessoas inconscientemente querem ser normais, porque no íntimo ninguém quer fazer a diferença. Ninguém quer deixar de comer bem para dar ao próximo. Porque ser diferente não é usar uma calça rasgada ou algo assim, mas é fazer o que as pessoas não fazem, de ter atitudes diferentes nesse mundo de hoje, em que todo mundo só olha pra si, para seu próprio umbigo. E é ainda mais clichê dizer que isso é mentira.
Começou a conversar com um homem bonito, lá pelos seus 28 anos. Alto, loiro, porte normal. Enfim, um homem normal. Ele poderia ter sido salvo em um papo normal. Porém o papo dele se resumiu em:
- Já fui para Europa uma vez, quando fazia muito frio. Mas não sabia que o frio era tanto assim, aí tive que comprar um casaco que custou muitos euros! Se te disser quanto você nem vai acreditar, por isso não digo. Depois fomos para uma cidade perto de onde estávamos e nos hospedamos por lá. Ficamos no hotel a noite toda. No outro dia quando fomos pagar a conta tinha ficado muito caro! E ainda tínhamos comprado uns eletrônicos pra trazer pra cá. Enfim, a viagem mais cara que eu já fiz. Mas sei lá, pra mim dinheiro não é problema, sabe gata.
- Sei.
Ela deu as costas para o homem-dinheiro e não olhou pra trás.
Não entendia porque ela só atraia caras desse tipo, ou de outros tipos, mas nenhum que a agradava. Na verdade ela ainda não sabe que tipo ela quer, mas não são esses. Às vezes o que ela gosta é o que ela não vai precisar observar o tipo dele. Vai ser aquele e pronto, sem querer. Porque o amor tem que ser assim, tem que ser uma coisa simples, e não encontrado pela impressão prematura.
Quando ela já estava cansada de esbanjar felicidade e sorrisos, resolveu ir embora. Suas amigas quiseram ficar. Quando ela estava na fila para pagar sua conta alguém veio puxando papo com ela. Ele perguntou seu nome:
- Gabriela. E o seu?
- Guilherme.
Conversaram sobre a festa, que os dois concordaram que estava muito boa, mas que faltou algo que nenhum dos dois sabia ao certo dizer. Depois conversaram sobre suas carreiras e por fim a fila acabou. Deram adeus sem nem um “muito prazer” ou um “até logo”.

VIII 

Meses se passaram desde a balada de sexta-feira.
Gabriela recebeu durante esse tempo ligações do ex-namorado pedindo perdão, dizendo que havia se arrependido de todo o mal que ele havia feito para ela. Ela perdoou, já que para ela não havia mais nenhum sentimento além de indiferença. Ela se machucou muito enquanto estava com ele, mas ele a ajudou a crescer, a se encontrar. Mas ela não o agradeceria, claro que não. Por mais que seja bom amadurecer, aquele método em que ele a fez seguir não era o melhor, pelo contrário. Aprender na marra é muito doloroso. Ele deu a ela um tapa na cara de realidade, literalmente.
Mesmo não gostando de alguns tipos, ela não deixou de sair com alguns homens. Ria, se divertia. Mas ela sabia que aquilo era muito passageiro, e os encarou assim, não dando valor a nenhum deles. Não é por que saiu com alguém que ele é obrigado a se tornar o amor de sua vida. Mesmo que seja muito promiscuo sair com vários, há o lado do conhecimento, de conviver com outras pessoas. A vida é isso, é o convívio, e por mais que ela ache que pode ser feliz sozinha, não há como fugir do outro, porque a vida é resumida nos relacionamentos, e ela então os encarou com grande entusiasmo, mas sem nenhuma esperança de ser feliz somente por isso.
Gabriela tomava seu café da manhã lendo um livro na mesma cafeteria que antes encontrara o jovem moreno. Estava concentrada, quando um garçom trouxe um bilhete:
- Me pediram para deixar aqui.
Ela logo pensou “quem manda bilhetes em uma cafeteria, meu Deus?”. Abriu o guardanapo que vinha com os seguintes dizeres: “eu sei o que faltou naquela noite. Nós termos conversado mais sobre a vida”.
Gabriela pensou bastante. Que noite? Quem é essa pessoa? Será que era mesmo para minha mesa que tinham mandado aquilo? Quando olhou a sua volta viu um rosto conhecido. Conhecido de onde mesmo? Não se lembrava. Quando este conhecido encontrou seu olhar, ela virou. Quando veio em sua mente uma lembrança de súbito. “O cara da fila! O Guilherme!” Lembrava-se agora da festa, e dele. Quem conversou com ela sobre... Nada! Não falaram nada de mais. Mas mesmo assim ela gostou do papo. Gostou mesmo? Ela não sabia dizer ao certo.
Olhou então de novo para a mesa do conhecido e acenou. Fez um gesto dizendo que ele podia se aproximar. Ele se levantou, e então ela viu. Viu um homem alto, de cabelos pretos. Barba por fazer, olhos castanhos. “Hmmmm” foi seu único pensamento.
Ele se sentou com ela. Lembraram-se do comentário na festa, que faltava algo aquela noite, e não sabiam o quê. Ela ficou feliz em saber que ele se lembrava desse papo. Conversaram então do café, que era de boa qualidade. Falaram mais uma vez de suas carreiras. Ela sentia como se já o conhecesse há muito. Ela estava atrasada e tinha que ir embora. Ele perguntou se eles não podiam se ver mais tarde, naquele mesmo dia. Gabriela desanimou em ver que ele poderia estar apenas procurando alguma breve história de amor, como o jovem. Pensou novamente no que perderia ali, além de tempo e paciência, e resolveu aceitar.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Continuação

II

Os dias passaram lentos, mas indispensáveis. Ela precisava de alguns dias pra respirar sozinha. Há anos ela sentia que vivia sua vida para decidir a dele, ou que a dela era movida por ele, e ela não quer isso mais, ela quer independência plena, quer gritar “Eu pertenço a mim”, e acreditar nisso. As suas amigas que tentaram ajuda-la, mas quando ela tem um problema prefere se fechar até a situação passar.

III

Em uma bela tarde de sábado ela acordou preguiçosamente. Olhou ao redor do seu quarto. Seu armário de madeira escura, sua estante com seus perfumes e cremes prediletos. Um móvel em frente a sua cama guardando algumas das suas roupas. Depois se concentrou nas paredes do quarto. Olhou atentamente até que decidiu ir à loja de tintas.
No fim da tarde ela tinha uma parede toda pintada azul. Em sua sala pintou uma parede de várias cores. Colocou o sofá encostado nesta, uma cômoda com a televisão e o som em frente, e sua mesa com o computador na parede ao lado. Sua sala estava em ordem, e sua mente também. “Começo hoje uma nova vida”. E assim a fez.

IV

Entrou no seu consultório com um ar renovado. Saiu de lá e resolveu fazer tudo o que ela não conseguia. Pegou seu casaco e sentou em um café, simplesmente sozinha. “Por que preciso de alguém se eu tenho a mim mesma?”.
Enquanto desfrutava do seu cappuccino alguém se aproximou. Ela só percebeu depois, quando observou que ele vinha olhando fixamente em sua direção. Chegou perto e disse:
-Não sei como perguntar, e nem sei como tive essa coragem, mas você está aqui sozinha?
Olhou atentamente para aquele jovem de cabelos e olhos pretos. Deveria ter sua idade, ou menos. Depois de um breve sorriso ela disse que sim. Ele se ofereceu pra sentar em sua mesa, perguntou o seu nome e começaram a conversar sobre qualquer coisa, somente para que o silêncio não interrompesse aquele momento e  então ele tivesse que ir embora. Porém, depois de algum tempo de conversa ela deu uma desculpa dizendo que precisava ir embora, pois tinha que trabalhar em casa. Ele pediu timidamente seu número de telefone e se despediram com um “Muito prazer”. Ela refletiu sobre a vontade súbita de querer ir embora. Ela não está desesperada por uma breve história com qualquer um que lhe aborde em um café. Ela sabe que o que a espera é maior que isso. Cansou de acreditar no destino e começou a acreditar em si mesma.


Pequena história, grande texto

I

Ela levantou sem nenhuma vontade de acordar. O dia anterior tinha sido muito cansativo, muitos problemas no consultório. Não era fácil ser recém-formada e já ter caminhado tanto sozinha. Pegou suas economias e alguma ajuda de seus pais e montou seu próprio negócio  - Estou fazendo o meu nome, pensava orgulhosa. Mas a estrada até a estabilidade é muito longa.
Escovou os cabelos loiros, passou seu batom, olhou para ele, que estava completamente nu em sua cama, com seu corpo bonito e forte. Mas não o admirou, olhou até com repulsa, talvez, e foi pegar um café na padaria debaixo de seu apartamento.
“Hoje o dia será melhor... Será!”
Ele continuou dormindo até mais tarde. Levantou, pegou uma cerveja da geladeira dela e ficou no sofá até mais tarde.

- Abaixe essa televisão agora! Não consigo pensar com esse barulho! – Disse ela a ele enquanto tentava terminar de ler um artigo na revista. Mas ele não respondeu. Até que ela resolveu agir.
- VOCÊ ESTÁ LOUCA? – Ele gritava, enquanto levantava do sofá com um galo instantaneamente formado na cabeça pelo objeto que ela jogou nele.
- Eu mandei você desligar essa porcaria! Você não me ouve! Você nunca me ouviu! Você é um imprestável, um inú... E suas palavras foram interrompidas com um tapa na cara. Ela caiu no chão e enquanto chorava ele dizia que ela nunca conseguiria nada além de um quarto que ela chamava de consultório.
Ela levantou, ia em direção ao quarto enquanto ele a xingava. Ela pegou as coisas dele, jogou pela janela e mandou ele nunca mais aparecer. Ele saiu dizendo que jamais voltaria não porque ela pediu, mas porque era impossível amar uma pessoa como ela.
Enfim, no seu quarto entre soluços e choros desesperadores tentava entender quando foi que ela deixou de amá-lo. Onde ela estava quando seu amor se acabou. Será que foi quando ela se cansou de pedir pra ele não deixar seu tênis jogado pelo quarto? Ou quando ela se cansou de ouvi-lo contar a mesma história quando eles estavam entre amigos? Ela realmente não sabia, só tinha a certeza que fazia tempo que ela não o admirava mais, não estava mais satisfeita. Mas a rotina faz isso com os casais, os tornam normais com o tempo, e normalidade não é o que ela procura. Ela sempre gostou do que não é comum. Quando era adolescente gostava de se imaginar rindo com o seu amado dos outros casais que faziam de tudo para serem simples casais.
Até que ela se perdeu nos pensamentos, e dormiu.

domingo, 21 de agosto de 2011

Renascimento

Essência de mudança, gosto de vida nova.
Tenho pela frente muito trabalho a fazer, muita saudade pra sentir, muito texto pra ler e muitas ideias pra refletir. Enfim, mais uma etapa pra cumprir.
Guardarei o que passou no seu devido lugar.
Quero mudar pensamentos e atitudes que minha força de vontade sempre me disse: "amanhã ou outro dia..."
Espero agora toda manhã pelo novo, o renovado. O que não pôde ser feito ontem hoje será uma nova ideia.
Quero conhecer meus limites, quero realizar minhas ilimitadas vontades.

sábado, 30 de julho de 2011

Reta Final

Sempre tive alguém me dizendo o que fazer, como agir, qual etiqueta seguir. E sempre odiei isso. Mas agora que posso caminhar com minhas próprias pernas estou me sentindo perdida no mundo. Quando tenho que tomar alguma decisão, olho para os lados procurando alguém que me diga alguma coisa. Coisas normais da vida mesmo, como saber a hora de ir embora, ou se é educado aceitar ou rejeitar algo que me ofereçam.
É que sempre tive tão acustumada com pessoas do meu convívio ao meu redor, que encarar uma fase em que eu estou totalmente sozinha, apenas eu e eu, é de dar medo.
Mas não dá pra encarar as coisas com medo, senão elas nunca passarão, né? E a vida é feita de fases... E conquistas!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu Quero...

Com minnha mudança de vida eu quero muitas mudanças pessoais. Eu quero ser a pessoa que eu sempre tentei ser, mas parece que sempre tinha um bloqueio. Agora não, agora estou convicta de que terei sucesso nas minhas vontades.
Para começar quero me desinibir, quero perder essa capa que me reveste, que não faz eu me soltar, perder essa vergonha que eu tenho.
Quero perder, e quero perder mesmo esse desejo de ser aprovada. Essa mania de reparar se os outros me reparam, se os outros aprovam minha roupa, aprovam meu jeito, aprovam minha conversa. Não quero mais a opinião alheia, essa mania de me preocupar com o que os outros acham. E pior que todo mundo tem essa preocupação, não me venha com hipocrisias.
Depois quero mudar meu modo de pensar sobre as pessoas que não conheço e ter coragem e mente aberta pra conhecê-las. Quero conhecer muito, quero conversar com todo mundo. Na verdade eu quero conhecer o mundo, quero ganhar o mundo, EU-QUERO-O-MUNDO.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mais Young...


Prezada Mulherzinha,
"Se existe alguém que pode falar o que vou falar para você, sou eu. Então, por favor, tenha a humildade de admitir que sei o que estou falando. Pois o que eu te direi é duro, mas poderá te fazer um bem enorme.
Chega. Chega de se comportar assim. Como se estivesse lutando pelo posto de rainha da bateria. De Miss Maravilha do Mundo. Basta de ataques, dessa competitividade suburbana eu sou a melhor, eu sou a mais alta, eu sou a mais gostosa do pedaço. Ninguém tá ligando a mínima se você corre 10 quilômetros ou se aplicou Botox nessa sua testa sem expressão. Ou se você é assim porque ainda não passa de uma menininha que quer ser mais perfeita do que a mãe, conquistar o amor do pai e ser a primeira da classe. Esse teu afã psicopata de vencer todas as paradas só te deixa ridícula. E me faz querer usar um termo que odeio: coisa de mulherzinha. Mulherzinha é que tem essa mania de estar sempre desconfiada das amigas, porque todas teriam inveja do seu corpão e do seu cabelão estilo falso-loiro-natural-cinco-tons. Lamento informar, querida, que ninguém sente inveja de você. Por isso, chega de dizer por aí que, para não atrair olho grande, é bom ficar de bico fechado sobre a tal possível promoção que você terá no trabalho. Relaxa, ninguém está a fim de ser você. Tente, portanto, ser você com mais leveza. E lembre-se: esse negócio de dizer que não se pode confiar em mulheres só comprova que você é uma pessoa maliciosa. Sendo que isso está longe de ser porque você é fêmea.
Quando vejo você tagarelando sobre seus feitos sexuais, sinto-me num filme ruim sobre ginasianas americanas. Todas fanhas e excitadas. Chega, tá? De azucrinar os outros com essa sua boca-genital lambuzada de gloss, cuspindo baixos-clichês, simulando uma modernidade que você não tem. Nunca mais caia no ridículo de fazer "sexo casual" com nenhum tipo de homem, mais velho ou mais novo, casado ou solteiro, porque todo mundo já sabe que você finge tudo. Que goza, que não se sente fácil, que não liga quando os caras não telefonam no dia seguinte. Seja honesta uma vez na vida: confesse. Que você não é nada tão wild quanto se vende. Que não sabe falar tão bem inglês assim. Que fez escova progressiva. Que tem dermatite. E enfim você terá alguma paz, pois se reconhece humana, e não a barbie boba que você procura ser. Acredite: idiotice só te faz charmosa para os cafajestes. Se continuar assim, nunca vai aparecer aquele cara bacana que você gostaria que aparecesse; para lutar por você, até te conquistar, e destruir essa tua linda silhueta com uma gestação de 15 quilos.
É triste, amiga Mulherzinha, mas você terá que abrir mão da máscara de rímel que cobre a sua verdade."

Fim sem Começo

Vim aqui me dispor a entender um fato que me intriga muito!
O fato da pessoa passar da fase amigo/flerte para flerte pego. Quando você ainda se encontra na fase inicial, tudo bem, pode conversar, fazer gracinhas, tudo é válido. A partir do momento que você evolue pra segunda etapa, começa as restrições. Os amigos começam a comentar, você fica sem graça de agir de determinado jeito e perde a parte "amiguinho" da história. Ou seja, depois que você consegue o intento do flertar, vira uma bosta. Perde totalmente a graça da história e  também a amizade, que até poderia continuar, mas a pequena intimidade de colegas some na hora. Sendo que deveria ser ao contrário, porque a partir do momento que trocamos salivas a parceiria teria que aumentar, e não se intimidar. Enfim, é uma merda sem fim, um ato que poderia ser evitado com muito menos ingestão de álcool e um pouco mais de maturidade. Mas é difícil se conter em algumas circunstâncias.
Bom, como você pode perceber, acabo de diminuir um nome na minha lista de amigos e aumentando a dos meninos da minha vida. Que minúscula tragédia!

sábado, 9 de julho de 2011

Sabor de Realidade

Nunca tinha reparado no quanto eu me fodo em relacionamentos. De qualquer espécie. E não há Google que encontre uma imagem pra isso!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Explicação da não-explicação

Escrevendo pra desabafar, pra esquecer dos motivos que me fazem vir até aqui e dizer coisas que eu não tenho pra quem dizer. Ou até tenho, mas eu realmente estou com preguiça. Preguiça de ser legal, preguiça de ser boa. Não quero ser chata, e nem quero ser má, só quero ser nada, ser tudo e não ter que tomar posição de nada, de expressar minha opinião. Eu ando com preguiça de me expressar. De me explicar, essa é a maior das preguiças. As pessoas cobram explicações, cobram opiniões. Não, não tenho opinião agora sobre isso, nem sobre nada, nem sobre o motivo de você me perguntar o que eu acho. Eu não acho nada, ok?
Quer saber de uma coisa? Vá se foder com todos os seus causos, estou com preguiça de você.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Meus últimos dias

Dizem:
- Então, esses dias eu tava passeando pela rua e pensei 'como a vida é simples, apenas um respiro e já somos inundados pelo sopro da vida'. Aí eu passei por uma loja e lembrei daquele colar que eu comprei uma vez quando a gente tava indo tomar café, um dia depois que o falecido me largou lembra? Aí eu lembrei da loja e do colar que é lindíssimo não é? Aquelas pérolas todas. E lembrei também do anel da mesma pérola que um dia você achou nas coisas da sua mãe e até hoje você nem comentou com ela comentou? Acho que ela não vai ficar brava porque ela é tão boazinha. Eu lembro uma vez que você brigou com ela e foi dormir lá em casa. Ela ficou super preocupada que nem lembrou que vocês tinham brigado. Mas então a vida é realmente engraçada não é?
E eu digo:
- É.

Julia em: A Arte do Resumo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Somos criados e preparados para sermos vencedores. Expectativas nos obrigam a realizar este futuro que é nos imposto veladamente. Mas nem todos aceitam esta sina. É difícil realizar os sonhos que os outros reservam para nós. Nem todos tem essa força para carregar tal fardo.
Impossível voltar atrás. O mundo te obriga a nunca se arrepender da direção tomada. Desistir é para os fracos.
Por isso hoje em dia temos um exército de frustrados. Pessoas que vivem infelizes pelo simples fato de não terem conseguido dizer "não" ao passo que os outros os obrigaram a dizer "sim".

sábado, 25 de junho de 2011

Grande Problema

Por que eu não sou igual a todas? Por que eu não consigo achar que o menor vestido valerá a pena?
Mas não entendo, o máximo que consegui impressionar com meu intelecto todo foi um moleque, que nem impressionado ficou, apenas gostou do meu estilo, talvez, ou eu posso ter sido a única que deu moral.
Não, eu não impressiono ninguém, não consigo. Não uso as regras certas e nem me comporto de maneira certa para que alguém se interesse.
Será que procuro uma grande pessoa em lugares muito pequenos? Ou será que acho que sou uma grande pessoa e no final nada represento?
Só sei que queria ser como as outras. Queria conseguir achar as coisas normais, como todos acham.
Não acho normal ter um relacionamento normal. Pra mim é pouco. E pouco vou achando até não me restar nada além de grandes expectativas frustradas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Revólver

"Há algo sobre você mesmo que você não sabe. Algo que você nega existir. Até ser tarde demais para fazer alguma coisa a respeito. É o único motivo pelo qual você levanta toda manhã. O único motivo pelo qual você aguenta o chefe intragável, o sangue, o suor e as lágrimas. É porque você quer que as pessoas saibam o quanto você é bom, atraente, generoso, engraçado, maluco e inteligente. Tenha medo de mim ou me reverencie. Mas por favor, me considere especial. Compartilhamos um vício: a necessidade de aprovação. Todos nós queremos um tapinha nas costas e o relógio de ouro, o grito da torcida. Olha só o garoto inteligente com o brasão polindo o troféu. Continue brilhando diamante maluco! Afinal somos macacos de terno, implorando pela aprovação dos outros. Se soubéssemos disso, não faríamos isso tudo. Alguém está escondendo isto da gente e, se tivéssemos uma segunda chance, você perguntaria: por quê?"
Meu novo amor: Guy Ritchie! hahahahaha..

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pílula da desinibição


As pessoas não sabem metade das coisas que eu passo, metade das coisas que eu acho.
Ando com uma bola de angústia cravada no meu peito. Não consigo viver simplesmente, sorrindo, numa boa. Algo me prende, me sufoca. É uma ansiedade que está me matando. Sinto que vivo interpretando um personagem, tentando mostrar algo que na verdade não sou. E não entendo, porque eu nem quero ser como esse personagem, mas é involuntário. Pode ser que seja eu mesma, mas eu não me aceitando, invento esse sentimento de interpretação. Entende? Tenho que ser mais despreocupada, tenho que ser!
Eu falo como se tivesse muitas coisas pra me preocupar. Nunca estive tão a toa em toda a minha vida. Mas mesmo assim eu consigo ter uma preocupação dentro de mim que não sei de onde vem.
Preciso relaxar, preciso relaxar, preciso relaxar.
Mas não sei, às vezes eu só precise de uma caixa de calmantes, ou apenas de um bom sexo. E tenho dito.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Eis que volto...


Venho por meio deste para dar as caras nesse blog abandonado e justificar a minha breve falta de afeto por ele. Estava em uma viagem filosófica, graças ao ' Mundo de Sofia'. E junto com ele me veio perguntas que ainda não possuem resposta, e que tampouco estão sendo lembradas, pois me perdi em tantas questões que com certeza ao serem explicadas, não serão entendidas.
Através da leitura enxerguei pela perspectiva não só do autor, mas também dos personagens e dos filósofos. Muitos defendiam que a vida é efêmera, um grão de areia na imensidão do mar. E então vem a minha observação. A vida sim, é realmente curta e breve, mas eu, com meus simplórios dezenove anos sinto que a minha vida já passou por mil tornados, mil calmarias e trilhões de momentos. Ou seja, tudo bem, minha existência pouco faz diferença nesse mar de vidas que passaram, passam, e passarão, mas para mim, meu amigo, já é uma vida e tanto!
E não discordo que devemos viver cada suspiro como o último, porque a minha vida pode ser muito comprida ao meu ver, mas ela só é uma estrada longa uma vez, não terei uma segunda chance.
Não entrarei na discussão 'mais de uma vida pra um só ser', complicaria bem mais esse post do que ele já está. Adeus!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Desabafo Clichê


Não sei você, mas eu não aguento mais o Ser Humano. Essa mania de achar que tudo é seu, que a Natureza existe pra o servir. Ele esquece que ele faz parte dela, que não existe essa separação.
Além de menosprezar os outros, ele consegue desprezar ele mesmo com o racismo, desigualdade social. Como se a cor, opção sexual julgasse o que há no interior de cada um.
Todo mundo fala sobre isso, mas será que param pra pensar? Esses preconceitos são tão comuns no dia-a-dia que somos acostumados a não pensar nisso. Se passa um negro já pensamos que não podemos excluí-lo, e não pensamos que ele é como todo mundo. Entende? Pensamos no ato do não-racismo, e não na igualdade.
A sociedade é muito errada. Aplica leis para esse assunto, sendo que não educam para que ninguém seja punido pelo seu racismo. E quanto mais leis fazem, mais mostra que ainda fazemos essa divisão.
Não vim aqui para dar uma solução... É que eu não aguento mais.

sábado, 28 de maio de 2011

Para Você


Para fazer jus ao nome tão querido pelos queridos deste blog, venho tarde da noite dizer o que eu podia ter dito mais cedo, mas resolvi esperar a conclusão chegar.
Quero deixar registrado aqui minha indignação pela curiosidade dos alheios às vidas alheias. E também procurar explicações pela tal alegria que estes sentem ao "descobrirem" algo sobre aqueles. Digo em aspas porque não há nada o que descobrir sobre o que alguém fez em sua tarde vazia. Se alguém anda sozinho é motivo para se perguntar por que ele anda sozinho. E se anda com alguém o comentário virá rapidamente: 'não acredito!'
Pois eu não acredito que perca seu tempo com o tempo perdido pelos outros. Comece a acompanhar um livro e deixe de acompanhar a vida dos outros. Cada um cumprindo seu ofício e ninguém sairá ferido. E não é que tantos, mesmo cumprindo os seus ofícios, procuram alertar se o outro também cumpre o dele.
E ainda há quem diga que não vive sem os outros. Pois bem.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Discrepância do Destino


Fim da minha odisséia sentimental. Decreto abolição total de choramingos, insatisfações e frustrações à procura de uma vida agitada. Fim!
Declaro meu novo meio de vida: Bucolismo absoluto! Quero uma vida pacata, com a cantoria insessante de pássaros coloridos, ócio vital, ócio viral, ócio total!
Romantismo será jogado no meu buraco negro pessoal. Tudo terá o gosto do simples viver, de uma leveza cordial para os problemas chatos do dia-a-dia.
Sim, Julia,  agora pare de inventar palavras para sua vagabundice e vá procurar um apartamento, porque seus dias de vazio inspiracional estão se acabando!
Ok.

Lembrete para o Inesquecível


Você é meu eu na versão masculina. Ou não tão masculina assim.
É uma pessoa digna de reconhecimento mundial. Um coração enorme, tão grande que aí cabem todas as frustrações, tristezas, mas que são ignoradas pelo tamanho amor que você sente pelas pessoas, e aí dentro tem um imenso letreiro te falando sempre: 'não sei dizer não'. Isso te faz uma pessoa indispensável em todos os choros existencialistas, melancolias à meia noite, e também nas risadas infinitas, nas bebedeiras e nas fofocas 'emiessienialistas'.
Você não apenas vê, você enxerga meu interior. Não preciso dizer uma palavra pra você saber que algo está errado. Me entende, vive minhas frustrações, divide as suas comigo. O que nem precisa muito, já que sempre temos uma metamorfose conjunta. Nossas dúvidas existencias são sempre as mesmas, nossas indignações e falta de paciência estão sempre em sintonia.
Não entendemos as complicações alheias, o porque das pessoas não serem práticas.
Enfim, o acaso foi tão generoso ao colocar você no meu caminho. Muito obrigada por todos os conselhos, todas as conversas, todos os momentos... Porque se não fosse por você eu ainda estaria comprando calça apertada! :)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Me vejo, mas não me encontro


Eu não era assim. Eu sabia exatamente quem eu era, o que eu queria. E depois me vi precisando de uma ajuda psicológica, perdi a confiança em mim mesma. A vida me endureceu.
Não sei em que horas perdi o controle sobre mim. 'Pareço não achar lugar no corpo em que desencarnei' retrata bem em como me sinto ultimamente. Parece que vivo uma pessoa que não sou. Estou insatisfeita com tudo que faço, tudo que falo, que acho. Vivo em um constante conflito interno.
Nunca estou satisfeita com os amigos que tenho, com os programas que faço, com o jeito que encaro as situações. Na verdade não refletia em 'que situação estava', eu apenas passava por ela. E agora sinto que penso, repenso, e fico remoendo aquela situação. É como se eu não vivesse simplesmente mais, é como se cada passo que dou são mil pensamentos que passam por mim pra eu ter certeza de qual direção eu vou.
Não consigo entender porque me encontro nessa eterna busca por algo que nem sei o que é. Essa angústia sem fim.
Pode ser apenas uma fase. Que seja uma fase!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Carta para o Passado


Estou aqui para o último adeus. Sei que você gostou muito de estar comigo esse tempo todo, mas infelizmente me cansei de você. Benefício nenhum você me trouxe desde que comecei a reparar que você andava me seguindo. Sim, foi bom nosso tempo juntos, nossos papos, nossas risadas, mas tudo passa, e sua hora chegou. O motivo desse meu adeus pré-maturo é a chegada de uma nova companhia: o Futuro. Este me contou que há muitas coisas boas esperando por mim e que se eu confiar totalmente nele, nada haverá de ruim para mim. Além disso, todos querem a companhia do Futuro, e eu tive sorte dele bater à minha porta pedindo abrigo. Não sou de dizer 'não', você sabe. E como retribuição os meus dias daqui por diante serão de plena alegria.
Quero muito que você entenda que eu não te detesto, não mesmo, você foi muito bom pra mim. Você me fez aprender muito, a me comportar diferente. Mas você me transformou em uma pessoa que tem a obrigação de te abandonar, você me preparou para o Futuro, e agora ele me encontrou.
Sinto muito, Passado, mas esse adeus faz parte da vida. E eu sei que você encontrará alguém novo para acompanhar.
Estaria mentindo se dissesse que não terei saudades, porém não posso desistir agora.
Obrigada por tudo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Neutralidade me incomoda


Sim! E muito!
Não sei ser meio a meio. Não sei suportar pessoas Meio a Meio. Porque se ficam no meio do trilho, o trem passa por cima! Como conseguem? Ou são, ou não são!
Pessoa neutra não acrescenta em nada, só pesa. É um corpo morto que é obrigado a ser levado pelos dois lados do campo de batalha. De um lado as pernas e o quadril. Do outro os ombros e a cabeça. Eu levo o lado da cabeça, porque já que não tem cérebro, esta pesará menos!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Que satisfação!


Depois de dias de grande euforia, chegou a calmaria.
Meus últimos dias foram lotados de amigas, amigos, doses excessivas de álcool e muita risada!
A saudade faz isso comigo. Amigas que eu considero moram a muitos quilômetros de distância da minha pacata cidade, que é delas também, mas que agora é visitada apenas em datas comemorativas.
Mas pelas suas presenças serem tão esporádicas torna tudo tão simples e necessário. Tão especial e intenso.
E então cá estou eu, sentada na frente deste computador tentando achar algo interessante depois desse furacão de feriado. Não importa se essa alegria acabou, realmente não importa. O que importa agora é que quando elas chegam conseguimos fazer com que cada corrida hora é uma lentidão de momentos alegres.
Nunca imaginei que aquelas amigas de praça, de infância/adolescência teriam grandes chances de serem amigas de uma juventude/vida que pelo que vejo, será de muita emoção e encontros inesquecíveis.
Enfim, que bom que encontrei vocês :)

domingo, 24 de abril de 2011

Real Rock'nRolla


"People ask me the question: "What's a real Rock'nRolla?" And I tell'em: It's not about the drums, drugs, and hospital drips, Oh no! There's more there than that, my Friend. We all like a bit of the good life - some the money, some the drugs, others the sex game, the glamour, of the fame. But a Rock'nRolla, Oh, he's different. Why? Because a real Rock'nRolla wants the fucking lot!"
Damos valor quando perdemos, ou perdemos assim que começamos a dar valor?

Quando os erros são demais, vire a página!

Doloroso quando algo chega ao fim. Mais doloroso quando um sentimento chega ao fim. Mas decepção é um que nunca acaba.
Decepção é um sentimento tão forte, tão dominador. Não importa o que você faça, não importa quanto tempo passe.
O ser humano tem um poder tão forte sobre os outros. Um pequeno ato destrói os sonhos, a expectativa do outro.

Pra tudo isso as palavras são poucas, e dor, intensa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Efeitos Colaterais

Ando muito feliz. O que me entristesse é minha insatisfação quanto ao meu sucesso físico. Como umas gordurinhas a mais, umas coxas a menos acabam com a nossa auto-estima. Não deveria me importar TANTO assim, porém, cá estou choramingando e me abrindo virtualmente para a única visitante deste blog, eu mesma.
Meu consolo é que tive uma grande conquista intelectual. Uma conquista que achei deveras impossível para uma mera mortal, como eu, maaas, fomos surpreendidos novamente!
Esse é o post mais sincero que já postei pra você, Julia, porque é o que estou sentindo em tempo real.
Bom, eis que voltemos ao assunto físico. Estou me martirizando em frente ao espelho, acabando com minha auto confiança, já que um problema externo está afetando meu interior. Penso agora que até uma mulher sem dente e sem nádegas é mais atraente do que eu. Pode isso?
Tenho algumas escolhas: A) Fechar a boca. B) Me aceitar como estou. C) Tentar uma lipo.
Pensei BASTANTE, e decidi escolher a C. Infelizmente não possuo meios econômicos para alcançar tal entento. Escolho a letra B sem nenhum resultado, porque eu não me aceito como estou! Enfim, você, minha amiga letra A, terá que me acompanhar a partir de JÁ nos meus almoços e lanchinhos da tarde.
Enfim, termino esse post chegando a lugar algum, já que desejo que todas vocês, letra A, B, D, X, vão se fuder, e vou fazer o que eu quiser, porque eu ando muito feliz!
Deixo agora o adeus da mais nova obesa (conformada?) brasileira.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Redenção

Como é bom quando as pessoas me surpreendem.
Tenho mania de não gostar de quem não conheço e tomar as dores de todo mundo. No final desse somatório tenho a cidade inteira pra não ir com a cara. Quero por um fim nisso.
Quero me dar bem com o mundo, quero me redimir com as pessoas que eu julgava mal. Pra mim quem não está bem com as pessoas, não fica bem consigo mesmo, e não aguento mais não estar bem com meu próprio eu. Como é difícil!
Quero ver as qualidades de todo mundo que eu sempre procurei motivos pra não gostar. Quero ignorar esses motivos. Mas será que as pessoas vão me dar essa chance de mostrar que sou menos chata do que aparento ser?

segunda-feira, 28 de março de 2011

"Se somos um peixe maior que o tanque em que fomos criados, ao invés de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Bolso cheio, mente vazia


Bombardeio de consumismo. Busca eterna pela perfeição. Corações vazios. Este é o resumo do mundo contemporâneo, que nos orgulhamos de estar. 
Na era da tecnologia não se tem grandes relacionamentos, há grandes monitores. Em que parte da História resolvemos olhar para o bolso, e não para o outro?
Não sei em que parte da minha história comecei a querer comprar as coisas, e não sei quando reparei neste fato. Só sei que quanto mais tento lutar contra isso, maior é a onda de roupas lindas, sapatos magníficos, que me afogam da tv ao caixa das lojas. Mas não há uma propaganda para se ficar em casa e contemplar um bom ócio. Difícil hoje em dia pensarmos no ócio. Pensar nisso é perigoso! Pessoas ociosas não produzem, sem produção não há dinheiro, sem dinheiro não há compra, sem isso não há inclusão social.
O que você levará dessa vida quando morrer? Sua Ferrari?

domingo, 20 de março de 2011

Para um amigo oculto


Nem tudo é pra sempre. Aliás, a maioria das coisas. Mas quando sentimos que elas chegaram ao fim? Quando sentimos que uma amizade chegou ao fim? Algum sino toca, alguma luz se acende? Se algo assim acontecesse, seria muito melhor. SENTIR é muito mais doloroso que algum sinal. É muito triste saber que você, uma pessoa que tanto significou, que estava tão presente em muitos momentos bons, e ruins, simplesmente expirou da minha vida, como se estivesse morrido. Mas infelizmente suas roupas e coisas continuam no mesmo lugar, como meus sentimentos que ainda tentam buscar alguma ressurreição de como éramos ainda a pouco. Como nós conseguimos deixar as coisas chegarem a esse ponto? Será que faltou você nas horas em que eu precisava de um ombro amigo, que só você o tinha, e você nem ao menos sabia disso? Difícil contar com alguém que está ausente. Ausência, essa é a palavra. Esse é o substantivo que perseguiu nossa amizade, conseguindo roubar seu lugar. Agora não somos 'nós', somos apenas 'você' e 'eu'. Você no seu mundo tão bonito, em que eu não me encaixo mais. Sempre fico esperando que você perceba nossa situação e faça alguma coisa, acho que percepção você teve, mas faltou empenho e sobrou o medo, medo de que você tivesse que fazer mudanças radicais na sua vida, que agora é tão estável e tão saudável.
Eu acreditava até hoje que mesmo com esses percalços eu sempre estaria ao seu lado pra qualquer coisa que você precisasse, mas será que você ainda continua ao meu? E será que ainda dá pra acreditar que vou conseguir ser a mesma depois de tanto desdém? Eu acho que não quero mais estar aqui pra ver.

sábado, 19 de março de 2011

Young, Young...


"Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat."

Fernanda Young

sexta-feira, 18 de março de 2011

Carta para um (des)conhecido


(texto muito velho e muito mal escrito! haha)
Cada pessoa que passa em nossa vida, deixa a sua marca. Mas o mais incrível, e talvez o mais misterioso, é como elas entram e porque um dia saem.
Eu quero saber por que VOCÊ surgiu na minha vida. Sempre tive curiosidade sobre você, e sua beleza também chamou minha atenção. E então um dia, um inusitado dia, você aparece e se torna meu objetivo. E como um convidado, você aceita fazer uma visita por aqui. Sim, um hóspede, que chega trazendo uma flor como forma de agradecimento. Aproveita a tarde e depois vai embora. Os dias passam, as flores murcham, e depois é como se nunca tivessem exalado algum perfume. Mas enquanto elas não morrem, eu fico aqui lembrando de você, dos seus olhos, seu jeito tímido...
Sabe, não é sua pessoa, nem seu carisma, é seu cargo "novidade" que me encanta, a promessa de alguma mudança na minha vida, uma chance de ser O diferente.
E depois de tudo, chego a conclusão que você nem é tão encantador, e que nem é tão único. Mas a vontade de algo concreto não é descartada. Não me preocupo mais, deixo o tempo dizer se um dia poderemos nos dar bem. Mas será que ainda o temos?

Devaneio Matinal


Tantas fases há na vida. E mesmo assim custei a aprender que todas elas têm fim. Lendo os textos abaixo vi que para mim aquela fase era terminal. Acreditei nela como a verdade absoluta. Tanta agonia podia ter sido preservada se eu apenas vivesse aquele momento como um qualquer. Levasse aquele fragmento da minha história, leve, como estou agora.
Quanta indignação eu sentia em relação ao mundo, e no final estava indignada era comigo mesma. Por que eu mesma tinha me colocado naquela situação? Como eu mesma criei aquela escuridão, mar sem fim, na minha própria mente? 
A Mente... Máquina mais incrível gerada até hoje. Conseguimos nos adoecer e nos curar apenas com a crença. A mente... Ela é o coração do mundo. Constrói o mais belo da vida: os relacionamentos. Mas também pode destruí-los com um pequeno pensamento mal canalizado. 
A Mente... Feita de simples sinápses que um dia se transformarão no apocalipse do mundo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Frustração momentânea


Hoje percebi que não sou tão forte. É difícil perceber quando seus sonhos são mais altos que suas asas podem alcançar. Mas as vezes sonhos existem para não serem alcançados mesmo...
As vezes roubo os sonhos que outras pessoas têm pra mim, e adoto como meu, e no fim me machuco por não ter alcançado o que nem meu era.
Queria ser criança de novo. Não ter tantas preocupações, tanto futuro pra pensar. A vida é tão longa, mas tão curta pros que querem muito. E querer muito não é bom. Dói. Expectativas doem.

O Caos Organizado


O dia foi hoje. O mundo se transformou diante de meus olhos. Preto e cinza. Verdades vieram à tona. Como a sociedade é má. Totalmente cruel. O que vale é a sua aparência. Somente a aparência. Negros são felizes? Gordos são felizes? Magrelos? Não. A felicidade é estereotipada. Ser grato à vida é acordar magro, rico, emprego invejável.
O que é um emprego invejavel? Trabalhar horas à fio, trancado sozinho em um cubo, ser privado da companhia da família ou ser presente, com dinheiro contado?
Qual a sua prioridade?
Sociedade maldosa, exigente. Pessoas menos gananciosas estão erradas. A vida é dinheiro. Não há mais o Sol, há uma nota de 100. Nota não, hoje em dia há o cartão de crédito, o dinheiro é invisível. Não se ve, ou sente. Contato não há, entre nada, com nada.
Pessoas frias, geladas. Constituir família, vida estável? Para quê, se o mundo gira, e gira, e muda, e se degrada.
Será que só a mim o mundo anda tão mudado? Mudado por que? Se desde que o mundo é mundo o homem só quer se dar bem. Por que você, célulazinha resolveu se transformar? Assim não chegaria à essa situação deprimente de pessoas conformadas. A sociedade é um caos? O inferno é aqui? Sim, mas mudar pra que? A vida toda foi assim. O comodismo nunca ganhou nenhuma batalha, porém também nunca perdeu. Ótimo.
Essa inércia é boa. Mais fácil esquecer disso e viver calada, não é?

Ponto de partida

"Isso não é apenas um blog.São fragmentos de mim, são rascunhos de pensamentos que vêm à tona a todo o momento. É uma ajuda e reflexo pra que eu descubra o meu próprio eu. Descubra mais de mim. Mais da mesma. Porque eu acho que nascemos nós mesmos, e durante a vida acrescentamos mais coisas, e consertamos algumas que precisam, mas a nossa semente interior sempre brota a mesma flor, que dependendo da estação muda de cor, mas nunca deixa de ter o mesmo avermelhado. Isso! Acho que meu interior é vermelho. Não vermelho sangue, de ódio, mas um vermelho vivo, um vermelho fogo que me faz acender a cada dia.
Vamos deixar esse fogaréu de lado, agora preciso estudar."