sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Apanhado de Antigos Maios: Resquício

É que às vezes só dá vontade de ouvir sua voz, só isso. Sem segundas intenções, acho que nem primeiras. Sei lá, às vezes deve ser só pra eu lembrar que você existe e que nossa história aconteceu. Ou talvez só pra eu quebrar  o encanto da pessoa que eu inventei, porque eu tenho isso, crio coisas e ex-coisas para ter o que escrever depois.
É, talvez sejam todas essas coisas juntas.

Apanhado de Antigos Maios: O Curativo

Parei de pensar sobre o que você pensa, tomar atitudes a partir das suas. Acho que essa é a desconexão.
O relógio da vida bate de uma maneira para cada um, e cansei de ouvir o meu a partir do seu. Estou começando a ficar bem. Talvez seja esse o tic tac que eu precisava ouvir.

Apanhado de Antigos Maios: A Ferida

Sabe que acho que estou nos superando? É que enfim falei sobre nós. Esse assunto era como aquela espinha horrível bem  no meio do nariz que queremos arrancar dali de qualquer jeito, mas temos medo de apertá-la e doer muito. Mas aí quando fazemos, a dor nem é tão grande e não fica nem uma marquinha na pele. É assim, não me dói mais, mas a marca ainda não desapareceu.

Apanhado de Antigos Maios: A Falta

Ai, eu sinto sua falta em coisas tão bobas. De sair da aula e mandar uma mensagem; esperar anoitecer para você vir pra cá e dormirmos abraços, tão confortáveis que nem a melhor aula da semana nos faz levantar no dia seguinte.
São saudades tão bobas que eu fico na dúvida sempre se é de você que sinto falta, da sua pessoa, ou de qualquer um que passasse comigo esses momentos.

Tratado


No fundo somos todas um pouco Nina. Todas somos profundamente protegidas, de uma maneira ou de outra. Claro que muitas mães não exigem que sejamos bailarinas, mas todas querem que dancemos aos seus ritmos, acertemos como elas, e pior, acertemos nos erros que elas cometeram. Nem todas ficam bravas se não quisermos o bolo comprado especialmente pra nós, mas nenhuma quer que a gente coma o pedaço na hora errada. E nós nunca queremos o que elas não querem!
Quando essa ruptura acontece? Que momento deixamos de ter os movimentos em simetria?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Desnuda


Pois bem, perdi a fé no mundo. E dizem que quando se perde a fé, não se tem mais muita coisa, né. Ando sem armas para lutar nessa guerra que enfrentamos todos os dias. Estou desarmada, e nem a esperança eu ando levando no bolso. Perdi em algum lugar. Alguém a viu por aí?

domingo, 28 de abril de 2013

Achado

Um texto meu que achei perdido pelo caderno, e estava totalmente cabível ao momento.

Sabia que algo não estava certo
Por favor, não dê um passo em falso.
Conserve o que já foi conquistado.
Seja responsável, não escolha as palavras erradas
Não faça, não tente. Deixa estar como está.

sábado, 13 de abril de 2013



Não tem o que faça você sentir saudade de mim. Bem que eu queria, bem que poderia existir algum pozinho que se põe na comida e você não me esquece mais, ou sei lá, uma música que te fizesse lembrar de mim e curiosamente não saísse da sua cabeça mais. Mas, pois é, nem tudo sai como a gente quer.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Lapso


Eu a vi uma vez. Seu sorriso largo e seus cachos dourados foi minha primeira visão. Começamos a conversar e a achei simpática, mas não me olhava nos olhos. - Tímida, pensei.
Depois de alguns papos fomos rindo juntos, mas a aproximação parou. Era como se houvesse uma placa dizendo "Acesso Restrito". Tentei de tudo ultrapassar aquela barreira, mas a cada avanço parecia haver outras placas que nos distanciavam.
Estagnado em um desses passos eu fiquei, até passar o tempo. Este nos afastou e as barreiras eu retrocedi.
Hoje ela não me olha nos olhos. É, eu a vi uma vez.

Lembrança

Sentada no sofá, ligo a TV. Ele chega, se apoia atrás de mim e me pergunta até quando deixarei meus materiais esparramados pela casa.
Ele grita sobre como gosto de não lidar com os problemas, enquanto eu troco de canal. Gesticula que não me imponho em nenhuma situação, nem no meu trabalho, nem com minha família.
Uma cena de um carro em alta velocidade me chama a atenção. A cena acaba enquanto ele então diz o defeito de cada um dos meus amigos.
Após gritos e gestos eu me levanto, dou as costas e quando chego ao meu quarto me lembro que não desliguei a TV.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Acíclico


Os relacionamentos são como aquelas cenouras que a gente rala, rala, até não sobrar nada. Você entende que elas nunca mais serão as mesmas? Os relacionamentos mudam de forma e nunca mais voltam ao mesmo aspecto. A gente rala os sentimentos até sangrar os dedos.